Escolher o destino, programar as férias, planejar a viagem, pegar dicas com os amigos, procurar sites e publicações interessantes, assistir a filmes que retratem ou cujo set de filmagem seja o seu destino. Se eu pudesse - hoje - escolher uma profissão, seria viajante. Tenho certeza de que faria com muito prazer e com muito profissionalismo. Parece que com o tempo a gente ganha uma experiência em viajar e nos tornamos cada vez melhores. Sim, porque as viagens ficam cada vez melhores. E se ficam piores agente dá um jeito de inventar uma viagem que apague esta memória, que deixa um gostinho de "quero mais". Carregamos menos coisas inúteis, nos tornamos mais práticos, curtimos melhor cada minuto, já sabemos o que queremos e com isso ganhamos ainda mais tempo para aproveitar. Delícia! Nada como a experiência.
Por outro lado, a primeira vez em um lugar é um atentado a todos os nossos sentidos. As cores, as formas, os sons, os cheiros, as curiosidades, as novidades, os gostos, tudo tinindo de novo, surpreendendo, confirmando ou superando nossas expectativas (outras vezes decepcionando um pouco). Nunca vou me esquecer a minha primeira vez em Londres. Parece que meu cérebro fez um upgrade sem fim, triplicou de tamanho, e eu, mesmo ainda sendo a mesma pessoa de sempre, nunca mais fui a mesma. Foi amor à primeira vista. Uma paixão daquelas avassaladoras que nos deixam uma marca impossível de se apagar.
E viajar é um plano sem fim. "Under construction". Hoje quero ir ali, amanhã eu vou querer ir prá lá. Depois, talvez acolá. Tantos lugares, tantas coisas tantas pessoas, tantas histórias, tantas aventuras. Para isso existem aqueles globos, para irmos deixando nossas marcas cobrindo cada milímetro em sua superfície.
Viajar é viver a história, e fazer parte dela, é entender a geografia, a política, a literatura. In loco. É degustar sabores, texturas, cores, cheiros. E depois misturar tudo para criar o novo. Viajar é abrir a mente, aceitar o outro, ensinar e aprender. Compartilhar. É abrir oportunidades, encontrar novidades, rever tudo aquilo que nunca se viu.
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