Há pessoas que buscam a felicidade, ainda que o caminho seja difícil. Outras, a infelicidade (neste caso questão de sadomasoquismo ou puro mau gosto). E tem os que vão com a maré.
Eu me vejo no primeiro grupo, e admiro quem se arrisca nesta turma. Não suporto gente do segundo, até porque constroem suas vidas em cima da infelicidade alheia. E tenho dó da turma do terceiro. Aliás, muitos vão com a maré, mas se assim ficassem satisfeitos, ainda vá lá, mas percebo que se deixam levar para poder lamentar a própria (boa ou má) sorte. Afinal, acham, não tiveram escolha.
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
sábado, 21 de fevereiro de 2015
A arte de empreender
Na estrada do empreendedorismo há muita fantasia, muitos mitos. A ideia de se tornar milionário do dia para a noite e a maneira como a mídia trata isso contribui para esta ilusão.
Cansei de ser abordada não com uma pergunta, mas com uma afirmação exigindo confirmação: "A vida de empreendedor é muito boa, né? Você está muito feliz, né?". Pois lamento informar, nem tudo são flores.
A realidade é dura, "é doída" como bem repetiu um grande empreendedor do SEBRAE durante o meu EMPRETEC. E quem é empreendedor não discorda.
O mito do empreendedor que teve uma ideia genial e seguiu seu sonho, conquistando fama e riqueza do dia para a noite simplesmente não existe. Há um caminho árduo, solitário, sofrido, cheio de percalços que só quem está vivendo sabe. É um longo e constante empenho, diário, que exige muita, muita, muita, muita, muita persistência.
Alguns exemplos? Por mais pessoas que você tenha à sua volta, as decisões muitas vezes voltam para você. Por mais que dê autonomia. Os recursos são limitados, você tem que ser criativo e saber escolher onde alocar, afinal, quem paga a conta é você. O retorno demora, todos sabem, mas as contas não te dão um tempo. O governo ganha o pedaço dele, mesmo que você não tenha dinheiro nem para pagar seu próprio almoço. Os fornecedores são importantes, mas não vão te dar moleza. Outra lenda que não existe: financiamentos ou linhas de crédito do governo. Tente obter uma e tome outro banho de água fria!
Não estou sendo negativa, mas realista. Compramos o mito da riqueza fácil do dia para a noite pois só vemos o topo da montanha. Ninguém vê os tombos, as dores, as contusões, os obstáculos e nem as pessoas maravilhosas que encontramos nesta jornada. É bom ter consciência de que é assim. Se alguns pegam um helicóptero, ótimo. Mas a grande maioria chega lá (e mais da metade nem chega, de acordo com as estatísticas) depois de um longo, extenuante e solitário caminho. Se está preparado para esta realidade (ou tem um helicóptero), boa jornada!
Gabi Nunes
Enviado via iPhone
Cansei de ser abordada não com uma pergunta, mas com uma afirmação exigindo confirmação: "A vida de empreendedor é muito boa, né? Você está muito feliz, né?". Pois lamento informar, nem tudo são flores.
A realidade é dura, "é doída" como bem repetiu um grande empreendedor do SEBRAE durante o meu EMPRETEC. E quem é empreendedor não discorda.
O mito do empreendedor que teve uma ideia genial e seguiu seu sonho, conquistando fama e riqueza do dia para a noite simplesmente não existe. Há um caminho árduo, solitário, sofrido, cheio de percalços que só quem está vivendo sabe. É um longo e constante empenho, diário, que exige muita, muita, muita, muita, muita persistência.
Alguns exemplos? Por mais pessoas que você tenha à sua volta, as decisões muitas vezes voltam para você. Por mais que dê autonomia. Os recursos são limitados, você tem que ser criativo e saber escolher onde alocar, afinal, quem paga a conta é você. O retorno demora, todos sabem, mas as contas não te dão um tempo. O governo ganha o pedaço dele, mesmo que você não tenha dinheiro nem para pagar seu próprio almoço. Os fornecedores são importantes, mas não vão te dar moleza. Outra lenda que não existe: financiamentos ou linhas de crédito do governo. Tente obter uma e tome outro banho de água fria!
Não estou sendo negativa, mas realista. Compramos o mito da riqueza fácil do dia para a noite pois só vemos o topo da montanha. Ninguém vê os tombos, as dores, as contusões, os obstáculos e nem as pessoas maravilhosas que encontramos nesta jornada. É bom ter consciência de que é assim. Se alguns pegam um helicóptero, ótimo. Mas a grande maioria chega lá (e mais da metade nem chega, de acordo com as estatísticas) depois de um longo, extenuante e solitário caminho. Se está preparado para esta realidade (ou tem um helicóptero), boa jornada!
Gabi Nunes
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